Passageiros que já possuem alguma predisposição à doença, o ideal é realizar o uso de meias elásticas ou utilizar medicamentos anticoagulantes, mas sempre sob orientação médica.
Os longos períodos na mesma posição, seja no carro ou nas apertadas poltronas de um avião, pode trazer grande risco para a saúde. O grande problema é a imobilidade prolongada, que ocorre em diversos meios de transporte, principalmente em viagens aéreas.
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O Cirurgião Vascular e Radiologista Intervencionista Dr. Airton Mota Moreira, da Clínica Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa explica que quando se fica muito tempo em repouso, a circulação pode se tornar mais lenta e levar o sangue a formar coágulos principalmente nas veias das pernas, conhecida como trombose venosa profunda (TVP) ou como “Síndrome do viajante”.
Na maior parte das vezes, o trombo se forma panturrilha, mas pode também instalar-se nas coxas e até nos membros superiores. O sintoma mais comum é inchaço de panturrilha, acompanhado ou não de dor e calor local.
“Trombos iniciados nas veias das pernas podem se fragmentar e produzir êmbolos, que podem migrar, por meio do fluxo de sangue, para o pulmão e provocar o bloqueio da circulação com infarto(obstrução) dos tecidos. Isto é conhecido como embolia pulmonar e que exige diagnóstico e tratamento rápidos”, ressalta o cirurgião.
Desta forma, após o diagnóstico de uma TVP é fundamental instituir o tratamento adequado para evitar a complicação mais grave e fatal que é a embolia pulmonar.
O cirurgião completa que quando a embolia pulmonar já está estabelecida, técnicas intervencionistas podem ainda ser utilizadas para salvar a vida, promovendo a limpeza dos vasos do pulmão (trombólise pulmonar), reestabelecendo a circulação local. Neste tratamento, são injetadas drogas para dissolver coágulos por meio de cateteres.
Com relação às viagens de avião prolongadas, o médico destaca as seguintes medidas que podem ajudar a prevenir a trombose das veias das pernas:
· Levantar-se e caminhar no corredor do avião a cada duas horas;
· Exercitar a perna, principalmente panturrilha (batata da perna);
· Dar preferência a cadeiras no corredor, onde é mais fácil se movimentar;
· Evitar tomar medicamentos para dormir, uma vez que podem impedir que você se levante e ande durante a viagem;
· Passageiros que já possuem alguma predisposição à doença, o ideal é realizar o uso de meias elásticas ou utilizar medicamentos anticoagulantes, mas sempre sob orientação médica.
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