Aeroporto de Congonhas será o 1° da América Latina com área de escape com blocos de concreto

Os blocos são utilizados para desacelerar aeronaves que ultrapassam o final da pista por meio do esmagamento da estruturas de concreto.

A Infraero vai investir R$ 122,5 milhões na pista principal do Aeroporto de Congonhas para instalar a om a tecnologia Engineered Material Arresting System (EMAS), uma estrutura que cria uma nova área de escape com blocos de concreto que se deformam quando uma aeronave ultrapassa o limite final da pista. O aeroporto localizado na capital paulista será o primeiro da América Latina a contar com essa a tecnologia.

Aeroportos da Europa, Ásia e Estados Unidos já usam o sistema EMAS. A Infraero informou que a licitação foi realizada no final de 2020 e contrato publicado no Diário Oficial da União (DOU) nessa segunda-feira, 25/01. O consórcio vencedor do processo licitatório foi Kigab/Conserva, formado pelas empresas Kibag Brasil, Conserva de Estradas e Kibag Airfield Construction AG.

Saiba mais sobre a tecnologia

Trata-se de uma tecnologia que permite ampliar a segurança operacional em aeroportos com limitações de espaço. Os blocos de concreto são utilizados para desacelerar aeronaves que ultrapassam o final da pista por meio do esmagamento da estruturas de concreto.

Em Congonhas, a nova área de escape foi dimensionada para desacelerar aeronaves em procedimento de pouso que vierem a ultrapassar os limites da pista, conforme as normas da aviação civil do país.

Confira os detalhes da tecnologia

 

Segundo a Infraero, a obra deverá ser executada em 16 meses, A pista principal de Congonhas terá duas novas áreas de escape. Uma de 70m x 45m na cabeceira 17R; e outra de 75m x 45m na cabeceira 35L. As duas estruturas serão sustentadas por vigas e pilares capazes de suportar as aeronaves e veículos.

 

O projeto prevê ainda obras complementares nas pistas de taxiamento nas regiões próximas aos EMAS. Todas as intervenções serão alinhadas com as autoridades locais, com o objetivo de ajustar o andamento da obra para que ela ocorra em segurança, tanto para os operários quanto para as pessoas que circulam pela região.

 

O Federal Aviation Administration (FAA) começou a desenvolver essa tecnlogia em 1990. O sistema foi implantado nos Estados Unidos nos aeroportos comerciais, como os de Nova York (JFK e LaGuardia) e Boston. Desde então, as tecnologias evoluíram e contam com certificação internacional de diversas autoridades de aviação civil pelo mundo.

 

“A profundidade do EMAS aumenta quanto mais se avança pela área coberta, fornecendo um arrasto maior, trazendo ainda mais segurança para um aeroporto estratégico para a aviação do País”, explica o presidente da Infraero, Brigadeiro Paes de Barros.

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