Essa será a maior dos últimos anos, com 840 mil leitos e criação de 48 mil empregos
O mar está para os brasileiros! A próxima temporada de cruzeiros em águas nacionais (2023/2024) terá duração de quase sete meses e deve ser a maior dos últimos anos. A expectativa é a de que o segmento seja responsável por injetar R$ 3,9 bilhões na economia do país e gerar 48 mil empregos.
O motivo de tamanho otimismo é o aumento da oferta de roteiros: serão 203 envolvendo dezenas de destinos nacionais, além de mais de 840 mil leitos para os passageiros. A estimativa é do Ministério do Turismo e da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil).
O setor vem aguardando ansioso por esta nova temporada, visto o sucesso registrado na última, finalizada em abril. Os cruzeiros têm grande importância para a economia brasileira porque movimentam também a geração de renda e emprego locais.
Ao todo, serão nove navios que partirão dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santos (SP), além do estreante Porto de Paranaguá (PR) e percorrerão 203 roteiros (crescimento de 10%), com 728 escalas (5% de aumento).
Companhias internacionais
A temporada 2023/2024 também reforça o retorno do Brasil como rota de importantes companhias marítimas internacionais, com 35 navios de longo curso, que farão paradas em 45 destinos localizados em 15 estados brasileiros, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Rio Grande do Sul.
No total, serão 19 destinos, nacionais e internacionais. Os navios passarão por Angra dos Reis, Balneário Camboriú (SC), Búzios (RJ), Cabo Frio (RJ), Fortaleza (CE), Ilha Grande (RJ), Ilhabela (SP), Ilhéus (BA), Porto Belo (SC), Recife (PE), incluindo Buenos Aires (Argentina), Montevidéu e Punta del Este (Uruguai), assim como por portos de embarque e desembarque, além da possibilidade de escalas-teste em Penha e em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, e do trabalho um pouco mais de longo prazo para viabilizar outras cidades, como Vitória (ES).
Última temporada
Finalizada em abril, a última temporada de cruzeiros foi consolidada como a maior dos últimos dez anos. Transportou cerca de 700 mil cruzeiristas, que injetaram R$ 3,6 bilhões na economia, crescimento de 240% em relação à temporada anterior (2021/2022). O valor estimado engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes.
“Depois de 2022/2023 se consolidar como a maior dos últimos dez anos, a temporada 2023/2024 com certeza será outro recorde, mantendo a indústria de cruzeiros em um caminho ascendente, até superarmos os 805 mil cruzeiristas de 2011/2012. Quando a indústria de cruzeiros cresce, impacta positivamente a economia do país, as comunidades envolvidas na atividade e toda cadeia de turismo, como agências de viagens, operadoras de turismo, hotéis, gastronomia, entre outros setores”, disse Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil.