Hoje Em Dia
Celso Martins
Depois do “Decola Pampulha”, lançado no dia 2 de janeiro, agora é a vez da Câmara Municipal de Belo Horizonte apoiar um movimento para tentar revitalizar o Aeroporto Carlos Drummond de Andrade. O “Pam-Con”, iniciativa do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) e da Associação dos Economistas de Minas Gerais, pretende fazer com que Confins e Pampulha funcionem de forma integrada e complementar.
O presidente do Ibef e da Associação dos Economistas, Carlos Alberto Teixeira, defende o lançamento de voos da Pampulha para o Santos Dumont (RJ), Congonhas (SP) e Brasília, respeitando as limitações de estrutura do terminal. “Não importa o tipo de aeronave, mas é tendência mundial que uma cidade grande tenha dois aeroportos”, disse.
A revitalização da Pampulha foi tema de uma audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte que aconteceu no dia 20 de março. A iniciativa foi do vereador, Fábio Caldeira (PSB), que defende um seminário para encontrar formas de revitalizar a Pampulha. O vereador vai ainda criar uma Comissão Especial para acompanhar o assunto.
“O aumento da demanda e as perspectivas de crescimento econômico e turístico da capital mineira apontam a necessidade de um sistema de integração denominado “Pam-Con”, garantindo que os aeroportos da Pampulha e Confins operem de forma complementar. Todas as grandes metrópoles do mundo têm mais de um aeroporto”, lembrou o parlamentar.
O Aeroporto da Pampulha tem 62 voos diários
Infraero apresenta projetos
O superintendente da Infraero responsável pelo aeroporto da Pampulha, Silvério Gonçalves, afirmou que o nível de segurança da pista é satisfatório, mas lembrou que o terminal tem capacidade de operar com 300 passageiros hora/pico, mas hoje este número não chega a 100. O aeroporto tem 62 voos diários operados pela Trip Passaredo. Mas Silvério Gonçalves admitiu que Pampulha tem limitações do pátio e do terminal, que não comportam grande movimento de aeronaves e passageiros.
Entre os projetos de modernização do aeroporto estão a construção da nova torre de controle, revitalização das subestações de energia elétrica e do terminal de passageiros, recuperação do pavimento e do sistema de iluminação, que já estão em andamento, e a previsão de aproveitamento da área hoje ocupada pelo Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), que irá se transferir para Lagoa Santa, em projeto de a expansão das operações.
Posição dos moradores
Representantes de associações de moradores de diversos bairros do entorno presentes à reunião do dia 20 de março, também se mostraram desfavoráveis ao aumento do número de voos e ao retorno dos jatos de maior porte ao Aeroporto da Pampulha, alegando transtornos no trânsito, insuficiência de vagas de estacionamento, além da poluição sonora e atmosférica produzida pelas aeronaves e o risco de acidentes.
Pampulha já movimentou 3 milhões/pax/ano e hoje 700 mil, é uma vergonha para Minas Gerais. Esta diferença é falta de turismo, empregos, imposto, negócios. Pampulha aberto já 100%.