Para viajar de avião seguro não é preciso pagar mais

Celso Martins

Das sete maiores companhias aéreas do país, apenas Avianca e Passaredo não vendem seguro para os seus passageiros durante o processo de compras das passagens. Batizado de “assistência de viagem”, este tipo de comércio pode induzir o cliente a contratar um serviço sem que ele  tenha interesse. Todas as companhias que atuam no Brasil são obrigadas a ter um seguro para indenizar os passageiros e familiares.

O Ministério Público Federal (MPF) em Governador Valadares, no Leste do Estado, conseguiu liminar que obriga a Trip Linhas Aéreas a mudar a forma de oferecer o seguro. Os procuradores da República alegam que a companhia induz o cliente a contratar o serviço. Em caso de descumprimento, a Trip terá que pagar multa diária de R$ 50 mil.

A Justiça Federal determinou ainda que a Trip divulge em 20 dias a lista de pessoas com mais de 70 anos que compraram o seguro da companhia. O motivo é que estas pessoas pagaram, mas não têm direito ao benefício, conforme consta na ação do MPF.

O Tudo de Viagem pesquisou os sites de todas as companhias e constatou que a Trip já resolveu o problema. A companhia é que tem o seguro mais barato (R$ 18,86). Ao contratar o serviço o passageiro tem direito a R$ 500 pelo desvio de bagagem e de R$ 30 mil por morte e invalidez, entre outros benefícios.

A Webjet e a Gol são as que oferecem o seguro mais caro (R$ 55). A Webjet oferece ao cliente R$ 5 mil por meio de sorteio, além de R$ 50 mil de indenização por acidente. Neste final de semana a companhia estava vendendo passagens de Confins para o Rio por R$ 39,99.
Na Azul Linhas Aéreas o seguro é oferecido por R$ 19,90. Em troca, o passageiro poderá receber R$ 500 pelo desvio de bagagem, além da isenção das taxas de remarcação dos bilhetes e assistência médica, entre outros benefícios.

Na TAM, o seguro custa R$ 35 e quem contratar o serviço concorre a prêmios de R$ 5 mil e assistência médica. Na Gol o cliente paga R$ 55 poderá ganhar R$ 75 mil em caso de morte acidental ou invalidez. Entre as companhias que oferecem o seguro de assistência de viagem, a Gol é a tem o sistema mais complicado, e que pode confundir o passageiro. Depois de escolher o destino, aparece uma tela com a opção para comprar sem e com o seguro. O cliente deve marcar a sua opção não deseja contratar o serviço.

Segundo comunicado divulgado em setembro do ano passado, a Anac determinou que Gol e TAM mudassem as formas de venda da assistência de viagens. A compra tem que ser voluntária, sem nenhuma armadilha para enganar o cliente. Ao fazer a reserva, a opção de contratar de assistência de viagem não poder estar marcada.

A matéria acima foi sugerida pela secretária Sonia Prado, que diariamente faz reservas de passagens aéreas para executivos. Veja o relato dela sobre o assunto:

“Estou muito atenta, pois atualmente algumas taxas são cobradas, como seguro, seguro premiado, marcação de assentos. Quando vou fechar a compra está lá, além da tarifa e da taxa de embarque, taxas e taxas.

Sempre tenho que voltar para cancelar essas taxas. Esse tipo de tarifa é cobrado automaticamente e se o consumidor não estiver atento, paga por um serviço indesejável. Acho que esses serviços devem ser destacados para o cliente não adquiri-los inadvertidamente.

Antes serviço como marcação do assento não era cobrado, também não se pagava taxa para emissão de bilhete pela internet. Além disso tinham lanches mais caprichados, almoço. Hoje impera a barrinha de cereal.

Tem-se a vantagem do transporte aéreo estar acessível a várias camadas da população, inclusive de baixa renda, mas não deviam cobrar por exemplo para o consumidor comprar a passagem pela internet, não é o consumidor que faz o trabalho de um atendente?

Os serviços de bordo como lanches também devem manter a qualidade. Fica a sugestão para as empresas aéreas”.

Para sugerir algum assunto, como fez a secretária Sônia Prado, ou mesmo fazer críticas, e receber as atualizações do blog siga-me no twitter @martinsbh1