Bagagens de voos internacionais serão fotografadas para aumentar a segurança

Bagagens de voos internacionais serão fotografadas para aumentar a segurança

Ideia é evitar que criminosos troquem malas no aeroporto de destino

Imagens das malas serão feitas para evitar trocas na rota entre despacho e chegada ao local de destino (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

Passageiros com destino ao exterior terão as bagagens fotografadas como medida de segurança. Essa é uma das iniciativas que integram o “Aeroportos+Seguros”, programa lançado pelo governo federal na última semana. A proposta é impedir que malas sejam trocadas, gerando dor de cabeça ou problemas mais sérios para os passageiros.

Em março deste ano, as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía foram presas na Alemanha após terem malas trocadas por bagagem com drogas. Elas ficaram detidas por mais de um mês na Penitenciária de Frankfurt.

As malas das brasileiras foram despachadas no aeroporto goiano, mas, no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.

Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, informou que o passageiro terá acesso à foto feita das bagagens posteriormente. “A gente quer que as câmeras [instaladas nos aeroportos] fotografem cada uma das bagagens das pessoas antes delas embarcarem. Conforme estão no voo, [elas] vão receber uma mensagem de whatsapp [com imagem] da mala dela fotografada, o que depois pode ser usado para comprovar com qual mala ela estava”, explicou o gestor da pasta.

Outras medidas

Outras medidas do plano são instalação de raio-x e scanners corporais, câmeras na área de check-in, uso de detectores de líquidos e explosivos e restrição ao uso de celular pelos funcionários em alguns locais dos terminais. “Parte do pessoal do crime organizado faz chantagem com aquelas pessoas [que trabalham em áreas internas dos aeroportos]. Sem celular, ficam sem esse contato”, disse o ministro.

As medidas serão implementadas, inicialmente, no Aeroporto de Guarulhos, o maior do país. O investimento previsto é de R$ 40 milhões. Em uma segunda fase, conforme o ministro, as ações serão levadas a outros aeroportos com voos para o exterior e, em seguida, a todos os terminais do país.

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